quarta-feira, 16 de junho de 2010

Chris Brown desaponta fãs com show curto em São Paulo


SÃO PAULO - Transcorreu sem incidentes o show de Chris Brown na noite desta quinta-feira no Credicard Hall em São Paulo. O que não quer dizer que o rapper americano de 21 anos tenha agradado aos fãs. Muitos saíram decepcionados da casa de shows (principalmente os que pagaram R$ 400 pelo ingresso na pista vip), queixando-se de que a apresentação durou apenas uma hora, foi recheada de trechos curtos de canções originalmente longas, exagerada no uso de playback e efeitos na voz e pontuada por ausências de Brown no palco - por duas vezes fez-se o silêncio, enquanto o cantor descansava ou vestia boné e jaqueta em cima de uma calça e camiseta preta. O público da noite foi de 6 mil pessoas. Casa cheia, mas não lotada.
- O DJ foi quem segurou a onda. Nem trocaram os instrumentos. Estranhei quando não tiraram o equipamento usado pelo grupo que abriu o show, o trio Valkyrias. E as músicas estavam todas picadas - reclamou a dona de casa Regina Velloso, de 47 anos, que aprendeu a gostar da música de Brown com o filho, Giancarlo, de 12 anos, outro fã descontente com a apresentação.


Já a passagem de Brown pelo Brasil começa a gerar ruídos. A blogueira americana Sandra Rose escreveu que o rapper anda com o filme tão queimado após ter sido condenado a cinco anos de liberdade condicional por ter agredido a ex-namorada, a cantora Rihanna, que sua chegada ao Brasil passou despercebida. Segundo ela, a indiferença dos fãs à chegada de Brown no aeroporto do Rio de Janeiro mostra que sua carreira está morta.

O cantor não deixou barato e respondeu no Twitter: "Sandra Rose, quando você era pequena, todas as crianças odiavam brincar de esconde-esconde com você... exceto quando você abriu os olhos e mostrou os dentes". O detalhe é que a blogueira é negra e a resposta do cantor soou racista.


Polêmicas à parte, Brown começou o show com uma jaqueta de couro preta decorada com tachas prateadas. "Wall 2 wall" e "Gimme dat" foram as canções de abertura, precedidas por uma incongruente mistura de imagens no telão, que iam de paisagens manjadas ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falando sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México. As fãs gritavam quando o rapper dançava, a maioria das vezes acompanhado por mais quatro bailarinos. O rapper conversou pouco com o público, mas não abriu mão do velho clichê de se enrolar na bandeira nacional.


Na hora de cantar "Sex", Brown convidou uma garota da plateia para subir ao palco. Ela foi acomodada em uma espécie de divã, de onde acompanhava a movimentação rebolativa do rapper, que arrancou gritinhos da plateia ao tirar a camiseta e exibir a barriga tanquinho. Nada mal para quem exige no camarim cinco dúzias de asinhas de frango fritas com molho barbecue.
Depois do momento sexy da noite, Brown foi para o backstage. O DJ tocou pagode e "Poeira", para surpresa de todos. O rapper voltou ao palco, dançou ao som da discotecagem, que inclui Black Eyed Peas, e emendou na sequência o hit "Kiss kiss". O show terminou com "Forever" e nada do tradicional bis. Brown parecia apressado para ir a uma festa em sua homenagem na casa noturna Heaven, na Rua Augusta.

A turnê de Brown no Brasil começou em Belo Horizonte na terça-feira, onde o show também foi econômico. Nesta sexta, Brown canta no Rio, no Citibank Hall. No sábado, se apresenta em Porto Alegre, no Pepsi On Stage.

Nenhum comentário:

Postar um comentário